terça-feira, 19 de outubro de 2010

Sobre Azar I

Tem certas coisas que acontecem comigo que me deixam embasbacada com minha capacidade de atrair confusão. Tipo, um ou dois azares consecutivos acontece com todo mundo. Mas uma sucessão de coisas dando errado sequencialmente não dá pra passar desapercebido. Talvez algum dia eu narre aqui sagas do passado, mas hoje tô aqui pra contar pra vocês algo que aconteceu hoje enquanto eu saía do trabalho: A Saga do Pneu.

Tem um colega meu de trabalho que mora perto de onde eu moro e eventualmente me dá carona pra ir pra casa, o Carlos. Beleza, mal começamos a rodar e percebemos que algo tá errado. Quando paramos o carro, adivinha? Um dos pneus dianteiros furados. E quem sabia que um de nós sabíamos trocar pneu? "Não Carlos, uma vez eu vi meus amigos trocando um pneu, não deve ser difícil. Abre lá o porta-mala do carro e vamo pegá a chave de roda e o macaco".

O porta-malas não abria.

Roda chave prum
lado, roda pro outro, ativa e desativa o alarme, vai com força, vai com jeitinho e nada. Porta-malas travadão. Abri a porta traseira e falo "Vamos tentar tirar aqui pelo banco de trás mesmo. Carlos, comé que faz pra destravar o banco?" "Ah peraí"

O banco não destrava.

Tudo bem, o port
a-malas não tinha tampa, vamo passar ali por cima. Me debruço pelo banco de trás pra pegar o pneu e as ferramentas.

Não tinha estepe nem ferramentas.


"Peri que vou ligar pro meu pai." *minutos depois* "Debaixo do carpete." Vamo puxare né? Aí me sobe aquele poeirão mas que isso, dá nada, minha rinite alérgica pode sobreviver a isso. Achamos o bendito pneu e as ferramentas e com algum esforço tiramos
tudo e colocamos na calçada.

Como que abre o macaco?

T
ínhamos todo o material disponível mas quem disse que a gente sabia como funcionava o macaco? Eu jurava que ele tava dobrado e que tinha algum botão mágico que fazia ele desdobrar e aí ficava tudo bem. Mas nada. Dá-lhe Carlos ligar pro pai dele de novo e o pai dele explicar que era só girar a chave de roda, mas que primeiro tínhamos que afrouxar os parafusos. Ahhhh tá. Encaixamos a chave de roda nos pneus.

Quem disse que os parafusos afrouxavam?

Carlos, com seu chassi de grilo, não tinha condições físicas. Eu, gorda pero incompetente, quase me caguei fazendo força e nada. Uma tia estacionou o carro ao lado e ofereceu a chave dela porque viu que a nossa era uma bosta. Ela subiu na chave, pulou e nada. "Fazer o que né?". Ela guardou a chave e entrou com um lençol num centro de reabilitação em frente onde estacionamos. -q

Eu ligo pra mãe e peço pra ela entrar no Google pra mim porque a net do meu celular tava travando. Mas né? Mãe nunca sabe procurar no Google o que a gente precisa, daí larguei de mão e fui tentar procurar eu mesma pelo celular. Nisso olho pro carro e tá Carlos lá agachado olhando pra roda muito sério como se ele fosse intimidar os parafusos e eles fossem sair sozinhos.


"Gabriela, tá dando erro no gugol"

Fizemos mais uma tentativa e dessa vez subi na chave de roda e fiquei pulando. O que consegui: Que o ferro de extensão voasse e acertasse o vidro do carro da tia que ajudou a gente. Ainda bem que o carro dela tava tão tenso que um arranhão a mais, um a menos, ela nem ia ver. Sentei num banco na calçada - isso é Goiânia, gente, sempre se arruma um lugar pra sentar - e Carlos decide ir na esquina pedir ajuda e me aparece com dois caras e um refrigerante Mineiro. Os caras conseguiram afrouxar um parafuso e tudo mais, a gente se encheu de esperança.

A chave de roda quebra.


Dá-lhe a gente entrar no centro de recuperação e pedir pra tia emprestar de novo a chave de roda pra ela. No meio tempo o cara que tava com a camisa do Sanduíches Zé Maria ficou mexendo com as monera que passava e eu lá completamente hipnotizada por seu exposto cofrinho super cabeludo. Além do mais eu ficava olhando p
ro pneu encostado no carro e lembrando da minha infância quando reuníamos uma galera na ladeira da pracinha e fazia uma fila, daí um soltava o pneu lá em cima e galera ficava pulando. Pensei em pedir pro Sanduíches Zé Maria jogar o pneu pra eu pular, mas aí eu ia ter que correr pra pegar ele lá embaixo e tudo mais, aí desisti.

"Carlos, sai daí, cê vai morrê"

Finalmente os caras conseguiram afrouxar todos os parafusos, fazer o macaco funcionar, trocar o pneu e tudo mais. E e
nquanto o Carlos fiscalizava o trabalho e os dois faziam força eu aproveitei e tomei uns dois copo do refrigerante Mineiro porque não sou obrigada né? Por fim, deu tudo certo. A tia ficou com a chave de roda completamente empenada e uma marca nova no carro e os caras que resolveram o problema e esperavam uma gratificação financeira ficaram com um "brigadão" e alguns goles a menos no guaraná.

Moral da História: Não ajude as pessoas, essa gente não presta kkk

Flw

"Galera, passa lá pra dar uma força pra esse fera"

4 comentários:

  1. HAUISHAUISHUHSUIAHUIHUASHAUIAIHS
    AHSUIAHSUIAUHISHUAISHAS
    Muito bom, bih
    AHSUIHAUISH
    Aliás, muito ruim essa sua tarde, hein? Que dó
    AHSUIAH
    ri muito aqui, vou divulgar o/

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  2. hasuhasuhasuahsusahuash

    Não consigo escrever mais nada... hsaushaushauashuashuashu

    Muito boa Gah *--*

    Você tem o DOM, ou melhor, o azar. >.<

    beijos

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  3. porra, comentei mó texto e quando mandei, disse q eu num tava logado e perdi o comentário todo.
    Se: mocó #fail
    Então: mocó = biela
    Conclusão: mocó S2 biela

    fim

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  4. Amor... Eu sei oq estava faltando...
    Duas bolas pro seu amigo.
    Homem que é homem troca o pneu do carro com uma das mãos, com uma Brahma na outra e com um cigarro na boca.

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