Ontem à noite eu tossia como um tuberculoso, meu piercing no nariz brincava feliz em sua piscina de catarro e meu ouvido esquerdo doía como se alguém arranhasse as cordas de um violino com uma serra elétrica perto dele. A primeira coisa que eu fiz foi ligar chorando pra minha mãe e desligar um minuto depois com vergonha. Não porque minha mãe brigou comigo ou coisa do tipo. E sim porque ela ficou preocupada.
Porra, eu tenho vinte e dois anos e moro sozinha desde os dezesseis! Até quando eu vou ligar pra minha mãe a cada vez que um problema aparecer?
Minha mãe mora há trezentos e quarenta quilômetros de mim, trabalha os três períodos e às vezes tem que trabalhar até mesmo no sábado. Ela não poderia fazer nada por uma filha que liga no Dia das Mães chorando e dizendo - em uma voz que mistura Darth Vader e Pato Donald - que a infecção de garganta chegou ao ouvido (como fazia quando a filha tinha seis anos de idade). Ela só pode ficar lá, preocupada e triste com sua impotência.
É lógico que mesmo assim eu queria que ela saísse correndo de lá pra vir me dar colo.
Mas minha mãe não é desse tipo, nunca foi. Mesmo quando eu ainda era mais dependente, ela não fazia isso - muito embora eu soubesse que era o que ela faria se pudesse. Fui criada pra ser forte, por opção ou por circunstâncias da vida e não dá pra esperar que minha mãe ou qualquer outra pessoa resolva meus problemas, afinal, a vida é minha e sou eu quem tenho que viver. Crescimento só vem quando vivemos as experiências boas e ruins, e que me desculpem os acomodados, mas eu sou boa demais pra bancar a covarde. Eu ainda quero que minha mãe venha correndo quando choro, quando algo dá muito errado ou quando tô doente, mas sei que isso não vai - e nem deve - acontecer e por isso, sei que quanto mais rápido eu tomar uma atitude, mais rápido estarei livre dos meus problemas.
Coloquei um algodão embebido em álcool no ouvido, tomei uns analgésicos e antialérgico e hoje no caminho pro trabalho passei na farmácia pra comprar um xarope. Vou ligar pra minha mãe na hora do almoço (agora ela tá no trabalho) e dizer que o Entei disse que tá tudo bem agora.
Bem-vindo ao Adult(errad)O.
Feliz Dia das Mães, mãe.
(E obrigada)
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Sobre o Dia das Mães
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vida de adulto
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Ótima fase pra se ter um diário, maninha! HUSAHUSHUAHS
ResponderExcluir- levei tres dias pra saber como se comenta nissakê -
Ain Bielason .-.
ResponderExcluirPERFECTO! Tocou meu coraçãozinho ._. *liga pra mãe*
Gabriela diz:
ResponderExcluir*http://www.adulterrado.blogspot.com/
Quero comentários
eduardo . diz:
*odeio comentar em blogs ._.
Gabriela diz:
*tô nem aí
*faça isso em nome do nosso amor
eu estou comentando por livre e espontânea pressão ._. mas eu adorei ler isso, você ter crescido e mesmo assim ter surtos infantis me deixa tão feliz '-' E tocou meu coraçãozinho com prolapso ._.
tiamo!
aiiiiin que fowfo o Duh sendo trazido aqui pelo cabresto KKKKKKKKKKKKKKKKK
ResponderExcluirhein Bih, relaxa que todos temos uma recaida de "mamys i need you" É barra segurar as vezes, mas dá uma sensação e orgulho quando damos conta do recado sem precisar de auxilio...eu to sempre tentando xD
tem certeza que tu não colocou um algodão sem nada e bebeu o álcool? o.o
ResponderExcluirahuahuahuahuahua
ResponderExcluirrealmente o álcool de vez em qnd é o melhor remédio! =P
Agora falando sério, adorei Gabi! Se tem alguém que eu conheço que sabe se expressar perfeitamente é você.
Amo-te.
Não sei se estou emocionada, culpada ou orgulhosa. Mas de uma coisa estou certa: Você é insuperável e eu a amo muuuuuuito!!!
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